sexta-feira, 9 de agosto de 2013

POLÍTICA FISCAL

I - Resultados fiscais
superavit primário do setor público consolidado alcançou R$5,4 bilhões em junho. O Governo Central registrou superavit de R$1,4 bilhão; os governos regionais,superavit de R$3,2 bilhões; e as empresas estatais, superavit de R$836 milhões.
No ano, o superavit primário acumulado alcançou R$52,2 bilhões, comparativamente a R$65,7 bilhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado em doze meses, o superavit alcançou R$91,5 bilhões, 2% do PIB, comparativamente a R$88,8 bilhões, 1,95% do PIB, em maio.
Os juros nominais, apropriados por competência, alcançaram R$17,6 bilhões em junho, comparativamente a R$20,2 bilhões em maio. O menor número de dias úteis contribuiu para essa queda. No ano, os juros nominais acumulam R$118,1 bilhões, 5,10% do PIB, 0,1 p.p. inferior ao registrado no mesmo período de 2012. No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$220,9 bilhões, 4,82% do PIB, mantendo-se estável, como proporção do PIB, em relação ao observado nos meses anteriores.
O resultado nominal, que inclui o superavit primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$12,2 bilhões em junho. No ano, o deficit nominal alcançou R$65,9 bilhões, elevando-se R$20,6 bilhões em relação ao mesmo período de 2012. Em doze meses, o deficit nominal atingiu R$129,5 bilhões, 2,83% do PIB, comparativamente a R$130,6 bilhões, 2,87% do PIB, observado em maio.
deficit nominal do mês foi financiado com expansões de R$4,7 bilhões na dívida mobiliária e de R$14,3 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária, contrabalançadas, parcialmente, pelas reduções de R$6,6 bilhões nos financiamentos externos líquidos e de R$242 milhões na dívida bancária líquida.

II - Dívida mobiliária federal
A dívida mobiliária federal, fora do Banco Central, avaliada pela posição de carteira, totalizou R$1.894,7 bilhões (41,3% do PIB) em junho, registrando acréscimo de R$54,1 bilhões em relação ao mês anterior. O resultado refletiu emissões líquidas de R$39 bilhões, acréscimo de R$0,4 bilhão em razão da depreciação cambial e incorporação de juros de R$14,7 bilhões.
Destacaram-se as emissões líquidas de R$26,9 bilhões em LTN; de R$8,3 bilhões em LFT; de R$3,4 bilhões em NTN-F; e de R$1 bilhão em NTN-B.
A participação por indexador registrou a seguinte evolução, em relação a maio: a porcentagem dos títulos indexados a câmbio permaneceu em 0,5%; a dos títulos vinculados à taxa Selic passou de 16% para 16,4%, devido a emissões de LFT; a dos títulos prefixados elevou-se de 29,4% para 30,8%, em função das emissões líquidas de LTN; e a dos indexados a índices de preços passou de 26,5% para 26,7%, devido às emissões líquidas de NTN-B. A participação das operações compromissadas passou de 27,2% para 25,2%, em razão de compras líquidas de R$51,9 bilhões.


III - Dívida líquida do setor público
A dívida líquida do setor público (DLSP) atingiu R$1.580,3 bilhões em junho, 34,5% do PIB, reduzindo-se 0,3 p.p. em relação ao mês anterior. A depreciação cambial de 3,9% no mês foi o principal fator determinante dessa trajetória, respondendo por redução equivalente a R$26,7 bilhões no estoque da DLSP.
No ano, a relação DLSP/PIB registrou redução equivalente a 0,7 p.p. Contribuíram para essa redução o superavit primário, com 1,1 p.p.; o crescimento do PIB corrente, 1,4 p.p.; e a desvalorização cambial de 8,4% acumulada no ano, com 1,2 p.p. Em sentido contrário, os juros nominais apropriados contribuíram para elevar a relação em 2,6 p.p., e o ajuste de paridade da cesta de moedas que compõe a dívida externa líquida respondeu por elevação 0,4 p.p.

A Dívida Bruta do Governo Geral (Governo Federal, INSS, governos estaduais e governos municipais) alcançou em junho R$2.715,9 bilhões, 59,3% do PIB, reduzindo-se 0,3 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.
Fonte: Banco Central do Brasil.

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