segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Mercado reduz previsão de PIB e prevê IPCA maior em 2011

O mercado reduziu a estimativa de crescimento neste ano e elevou ligeiramente a expectativa de inflação, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.
A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano caiu de 4,5% a 4,3%.
A previsão de inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu de 5,79% a 5,80%, na décima segunda elevação consecutiva.
O relatório mostrou ainda que o mercado manteve a projeção para o juro básico no fim de 2011 a 12,50%, reduziu a estimativa de crescimento da produção industrial de 4,41% a 4,10% e elevou a projeção de superávit comercial de US$ 11,45 bilhões a US$ 13 bilhões.
As principais estimativas para 2012 permaneceram inalteradas. O mercado espera IPCA de 4,78%, expansão do PIB de 4,5% e Selic a 11,25%.

Fonte: UOL Economia

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Desemprego para janeiro é menor desde 2003, aponta IBGE

A taxa de desemprego em janeiro subiu 0,8 ponto porcentual, chegando a 6,1%, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em dezembro do ano passado, o índice era de 5,3%. Segundo o IBGE, apesar da alta, essa foi a menor taxa para os meses de janeiro desde 2003.A população desempregada cresceu 13,7% em relação a dezembro, chegando a 1,423 milhão de pessoas. A população ocupada, 22,08 milhões de pessoas, recuou 1,6% em relação a dezembro e cresceu 2,2% em relação a janeiro de 2010, de acordo com o IBGE. O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada (10,474 milhões) ficou estável no mês e cresceu 6,6% no ano. Outro dado divulgado pelo Instituto mostra que o rendimento médio real dos trabalhadores subiu 0,5% no mês e 5,3% no ano, chegando a R$ 1.538,30. A massa de rendimento médio real habitual recuou 0,8% no mês, chegando a R$ 34,6 bilhões, e subiu 8,4% no ano. A massa de rendimento médio real efetivo - estimada para dezembro de 2010 em R$ 42,9 bilhões - cresceu 18,3% no mês e 8,6% no ano. 

Fonte: Terra

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Corte no orçamento reduzirá pressão inflacionária, avalia BC

O corte de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011, anunciado neste mês pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, é uma "variável importante" e que deve ser "devidamente incorporada" às projeções do Banco Central, avaliou nesta segunda-feira (21) o diretor de Assuntos Internacionais e de Normas do Banco Central, Luiz Awazu, durante palestra na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
"A consolidação fiscal [corte de R$ 50 bilhões] determinada pela Presidenta Dilma Rousseff é uma variável importante, e deve ser devidamente incorporada nas projeções. Com certeza, irá contribuir para a moderação da demanda agregada, e consequentemente, redução da pressão inflacionária. O Copom tem trabalhado com o cenário de cumprimento pleno das metas fiscais estabelecidas governo", declarou ele.

Meta A meta de superávit primário para este ano, de R$ 117,9 bilhões, equivale a 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo da meta de anos anteriores. Nos últimos dois anos, a meta cheia (sem abatimentos do Programa de Aceleração do Crescimento) não foi cumprida, apesar da utilização de manobras contábeis, como a capitalização da Petrobras, que inflou o esforço fiscal em mais de R$ 30 bilhões em 2010. Analistas de mercado questionam a competência do governo federal em cumprir a meta cheia em 2011.
No mesmo discurso, o diretor do Banco Central afirmou que as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a fixação da taxa básica de juros, atualmente em 11,25% ao ano, continuarão a ser adotadas com o objetivo principal de buscar o centro da meta de inflação, que é de 4,5% para este ano e 2012. Com o intervalo de tolerância existente, o IPCA, utilizado como referência no sistema de metas, pode oscilar entre 2,5% e 6,5% nestes anos sem que a meta seja formalmente descumprida.
"A inflação corrente é, sem dúvida alguma, uma variável importante que, em conjunto com indicadores, alimentam os cenários que balizam as decisões do Comitê. É preciso olhar os preços em perspectiva; considerar variáveis cujos efeitos ainda não se manifestaram; analisar o cenário interno, mas também externo", declarou ele. Até o momento, o mecado financeiro acredita que a taxa básica de juros avançará para até 12,50% ao ano no fim de 2011.

Fonte: G1

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Expansão leva executivos brasileiros a apostar no país, criando mais vagas

O bom desempenho econômico do Brasil e a criação de 2,5 milhões de empregos formais no ano passado, na contramão do que ocorreu nos países desenvolvidos, deram uma injeção de ânimo nos empresários. No país, 62% deles esperam um aumento na abertura de oportunidades de trabalho ao longo de 2011. O índice é o quinto mais alto das 39 economias pesquisadas, atrás apenas dos verificados no Vietnã (78%), na Índia (77%), na Turquia (67%) e no Chile (65%). Na média mundial, 29% dos executivos entrevistados disseram acreditar na ampliação das vagas, revelou estudo do International Business Report 2011, da consultoria Grant Thornton.
Para o presidente da empresa no Brasil, Jobelino Locateli, os resultados refletem o aumento do poder de compra da população. “As pessoas consomem mais e requerem maior nível de produção e investimento, o que deixa as indústrias e o empresariado otimistas. Estamos perto do chamado pleno emprego e tivemos aumento real dos salários ao longo do ano passado”, destacou. José Gaspar Noveli, professor do Ibmec Brasília, acrescenta que o setor de serviços, um grande empregador, está em expansão. “Além disso, a economia deve continuar aquecida neste ano.”

Exceção
A União Europeia, com índice de 17% de otimismo quanto à criação de empregos, é uma das regiões com perspectivas menos otimistas. Grécia (-17%), Irlanda (-14%) e Espanha (-5%) são os países com as menores expectativas na economia mundial. Nos Estados Unidos, onde a taxa de desemprego é de cerca de 10% (no Brasil, o percentual chegou ao seu menor nível, 5,3%, em dezembro), apenas 28% dos entrevistados esperam que a situação melhore. No Reino Unido, somente 27% estão confiantes.
Mas não foi apenas na variável de mercado de trabalho que o Brasil se destacou. No que diz respeito ao investimento em máquinas e equipamentos, o índice é de 66%, ante 35% no mundo. Em relação à renda, 81% apostam no aumento dos salários — em todas as nações pesquisadas, a marca é de 56%. A única exceção são as exportações — a expectativa de melhoria é de 14% no país, ante 22% no mundo. “Aí o problema é o real supervalorizado. Estamos importando para atender a fúria da demanda provocada pelo aumento da massa salarial”, observou Locateli.

Expectativas para o ano
Proporção de empresas que apostam em melhorias
Variável: Brasil / Mundo
Renda: 81% / 56%
Rentabilidade: 71% / 40%
Investimento em máquinas e instalações: 66% / 35%
Emprego: 62% / 29%
Investimento em novos edifícios: 34% / 16%
Exportações: 14% / 22%

Fonte: IBR/Grant Thornton

Ensino faz a diferença
Os bons ventos estão soprando para o mercado de trabalho brasileiro. A meta do ministro da área, Carlos Lupi, é criar 3 milhões de vagas em 2011, somando empregos com carteira assinada e cargos no serviço público. Mas as empresas não estão à procura de qualquer funcionário: elas buscam cada vez mais mão de obra qualificada. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE mostrou aumento contínuo da escolarização dos trabalhadores entre 2003 e 2010: o percentual de pessoas com 11 ou mais anos de estudo aumentou de 34,3% para 44,5%.
A partir de 2008, o grupo de trabalhadores com mais de 11 anos de estudos (41,5%) passou a superar o de pessoas com menos de oito anos de banco de escola (40,2%). Nas seis regiões metropolitanas pesquisadas, entre 2003 e 2010 a participação de pessoas com menos de 8 anos de formação caiu de 46,2% para 37,3%. Para os que têm entre 8 e 10 anos, o índice diminuiu de 19,4% para 18,2%.
Para o professor do Ibmec Brasília José Gaspar Noveli, os números mostram uma tendência: as empresas estão procurando profissionais qualificados. As mudanças, disse ele, não são verificadas apenas no Brasil, mas em todo o mundo. “O desenvolvimento tecnológico requer profissionais capacitados. Isso exige qualificação”, observou.

Salários
Se, por um lado, o mercado vai exigir mais tempo de estudo, por outro, vai oferecer salários melhores. Com a criação de postos elevada, o número de profissionais qualificados disponíveis ficará menor. Na avaliação de Noveli, essa nova realidade traz um grande desafio para o Brasil, o de investir na educação. “Precisamos recuperar o tempo perdido, não apenas na qualificação técnica dos trabalhadores, mas também nos ensino médio e fundamental.”
Com a aproximação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, além dos investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a busca por profissionais qualificados será mais intensa. O mercado será promissor para as atividades ligadas diretamente ao desenvolvimento do país, como construção civil, comércio, infraestrutura, tecnologia da informação e educação.

Fonte: Correio Braziliense