sábado, 26 de novembro de 2011

NÃO É HORA DE PARAR DE CONSUMIR OU DE PRODUZIR, DIZ DILMA.

A presidente Dilma Rousseff previu nesta sexta-feira, 25, que a crise europeia não terminará antes de pelo menos dois anos. "Não temos que nos atemorizar diante da crise, não podemos parar de produzir, de consumir. Vamos continuar investindo e apostar na inovação tecnológica", afirmou a presidente em discurso durante inauguração de novas unidades do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), na zona portuária no Rio. "Vivemos um momento muito delicado internacionalmente. A crise europeia não acaba em um ano ou dois, não chego a falar em uma década, mas temos que ter consciência disso. Os Estados Unidos também não estão em situação favorável. Sempre se fala que crise é também oportunidade. O Brasil está diante de várias oportunidades", afirmou a presidente. Dilma comemorou a taxa de desemprego de 5,8% divulgada ontem pelo IBGE e comparou com a da Espanha, "em torno de 22%". A presidente voltou a citar o ingresso de 40 milhões de brasileiros na classe média, nos últimos anos. "Não queremos ser a quinta potência. Queremos ser um país sem pobreza, de classe média e com serviços de qualidade", afirmou a presidente. Ao falar sobre a necessidade de o País "dar o salto da educação, da inovação e da incorporação de tecnologia", Dilma citou em particular as áreas de saúde e petróleo. "Queremos produzir no Brasil todos os produtos que a nossa Petrobrás vai demandar nos próximos anos. Para vocês terem uma ideia, até 2020 a Petrobrás vai comprar mais ou menos 67 sondas, ao custo de R$ 1 bilhão cada uma. Isso mostra que temos uma demanda muito forte que explica por que, mesmo neste momento de crise, o Brasil seja o país com uma das menores taxas de desemprego".--------------------- Matéria integral: economia.estadao.com.br - Ana Cristina

domingo, 20 de novembro de 2011

"POBREZA NO BRASIL TEM FACE NEGRA E FEMININA": Dilma.

A presidenta Dilma Rousseff disse no sábado 19 que “a pobreza no Brasil tem face negra e feminina”. Daí a necessidade de reforçar as políticas públicas de inclusão e as ações de saúde da mulher, destacou, ao encerrar, em Salvador, o Encontro Ibero-Americano de Alto Nível, em comemoração ao Ano Internacional dos Afrodescendentes. Em discurso, ela explicou por que as políticas de transferência de renda têm foco nas mulheres, e não nos homens: elas “são incapazes de receber os rendimentos e gastar no bar da esquina”. Ao defender a necessidade de ações de combate à pobreza, a presidenta citou o Programa Brasil sem Miséria, cujo objetivo é retirar 16 milhões de pessoas da pobreza extrema. Ela destacou a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial. Dilma apontou também o fato de a data do evento coincidir com a da morte do líder negro Zumbi dos Palmares, com o Dia Nacional da Consciência Negra, e com os 123 anos do fim institucional da escravidão no país. Nestes 123 anos, disse a presidenta, “sofremos as consequências dramáticas da escravidão” e foi preciso combater uma delas, a sistemática desvalorização do trabalho escravo, que resultou na desvalorização de qualquer tipo de trabalho no país. A característica mais marcante da herança da escravidão foi a invisibilidade dos mais pobres, enfrentada nos últimos anos a partir da certeza de que o crescimento do país só seria possível com distribuição de renda e inclusão social. Para a presidenta, existe, no entanto, uma “boa herança” da escravidão, que é o fato de milhões e milhões de negros terem construído ao longo dos anos a nacionalidade brasileira, junto com as populações indígenas, europeias e asiáticas. Segundo Dilma, essa “biodiversidade” cultural é uma das maiores riquezas do país, uma grande contribuição para o mundo, especialmente quando ressurgem em várias países preconceitos contra imigrantes. Ela ressaltou que, embora o Brasil tenha a segunda maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria, a discriminação persiste: os afrodescendentes são os que mais sofrem com a pobreza e o desemprego. No discurso, além de lembrar o papel central do Continente Africano na política externa brasileira, Dilma enfatizou o fato de a América do Sul ser um dos continentes que mais crescem. Matéria integral: www.cartacapital.com.br