sexta-feira, 15 de abril de 2011

PIB deve crescer de 4 a 5%


“O crescimento do PIB do país ficará entre 4% e 5%,” afirmou Roberto Messenberg, coordenador do Grupo de Análise e Previsões (GAP) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em coletiva sobre a Carta de Conjuntura nessa quarta-feira, 13, na representação do Instituto no Rio de Janeiro. Com relação à inflação, a previsão é de que se situe entre 5% e 6% este ano. A tendência para os próximos meses é de que as taxas de inflação continuem em patamares elevados e desacelerem um pouco nos últimos três meses do ano. 

Para Messenberg, há uma falsa expectativa de que a inflação poderia sair de controle. “O mercado está tentando induzir que a taxa de inflação será maior, para arrebentar as agendas do foco do desenvolvimento, por exemplo”, acredita. Segundo ele, não existe possibilidade de hiperinflações num país com reservas de capitais que valorizam o câmbio nominal da moeda local, como é o caso atual do Brasil.
A redução do crescimento econômico brasileiro em 2010, quando a economia se expandiu em 7,5%, se deve ao aumento dos juros juntamente com o menor impulso do setor fiscal. A pesquisa prevê que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) ficará entre 5% e 6% neste ano, situando-se, acima do centro da meta definida pelo governo, de 4,5%, porém abaixo do teto de 6,5%. O Instituto calcula que a variação no preço dos serviços deverá responder, sozinha, por mais de 2 pontos percentuais no IPCA.
O documento atesta que a inflação sobre os serviços é provocada por uma pressão de demanda, forçada pela melhora das condições do mercado de trabalho e pela elevação do poder aquisitivo dos trabalhadores. A Carta de Conjuntura aponta ainda que o choque da oferta sobre os grupos alimentos e bebidas, e os eventos climáticos, impactaram a inflação no início do ano. “A taxa de inflação deve sofrer pressão das commodities agrícolas ao longo do ano, do aumento do preço do petróleo e da resistência da inflação de serviços”, prevê Messenberg.
A projeção para o déficit em conta corrente este ano é entre US$ 63 bilhões e US$ 73 bilhões. De acordo com o estudo, a manutenção do alto nível de liquidez internacional, associada a um diferencial de juros favorável em relação à economia brasileira, deverá fazer com que o fluxo de capitais estrangeiros seja "mais do que suficiente" para financiar o avanço do déficit em conta corrente.

Fonte: www.ipea.gov.br

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estudo do Ipea avalia situação de aeroportos brasileiros

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou um estudo realizado sobre a situação dos aeroportos brasileiros: a "Nota Técnica Aeroportos no Brasil: Investimentos Recentes, Perspectivas e Preocupações". Com o crescimento da economia brasileira, com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, a pesquisa analisa o setor de transporte aéreo no país e identifica os gargalos que impedem o crescimento sustentável.
Foram comparados a atual capacidade e o volume de passageiros nos terminais, a partir de dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Verificou-se também a viabilidade dos prazos previstos para a conclusão das obras planejadas para a Copa de 2014. A nota avaliou ainda se o aumento da capacidade dos terminais para 2014, previsto no plano de investimentos da Infraero, será suficiente para atender à demanda estimada para 2014.
Os técnicos do instituto, vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, concluem que a realização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 torna mais urgente que o país aumente os investimentos no setor. De acordo com a nota técnica, nove dos 12 aeroportos em funcionamento nas 12 cidades brasileiras que sediarão jogos da Copa não deverão ter as obras finalizadas até o início do evento esportivo se o tempo médio para a conclusão das melhorias na área de infraestrutura de transportes for mantido. Também não deve ficar pronto o Aeroporto Internacional São Gonçalo do Amarante (RN), próximo à capital Natal, que ainda está sendo construído.
Conforme lembram os técnicos do Ipea, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) estima que o país precisaria investir ao menos R$ 20 bilhões nos aeroportos brasileiros até 2022 para corrigir os gargalos do setor e evitar um apagão em decorrência do aumento da demanda. A Infraero, por sua vez, planeja investir, até 2014, R$ 5,23 bilhões nos 13 aeroportos citados na nota técnica do Ipea. 

Sites: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2011/04/14/interna_brasil,247808/catorze-dos-principais-aeroportos-brasileiros-operam-acima-da-capacidade.shtml

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Petrobras Distribuidora nega culpa sobre alta no RN


A Petrobras Distribuidora negou ontem que tenha influenciado o aumento de preços dos combustíveis no Rio Grande do Norte, onde a gasolina comum e a aditivada já superam a marca de R$ 3 em alguns postos,  registrando uma alta de mais de 6% em relação à semana passada.  A Petrobras diz que a última alteração no preço da gasolina em suas refinarias foi uma redução de 4,5%. “Por lei, a companhia não tem ingerência sobre o preço final dos combustíveis nos postos com sua bandeira (a BR), que são operados por terceiros”, afirmou, em nota, garantindo que ainda assim irá prestar os devidos esclarecimentos às autoridades competentes.   
A decisão de combater o movimento de alta no setor de combustíveis foi oficializada em reunião da qual participaram representantes dos Procons, do Ministério Público Estadual, da Câmara Municipal de Natal e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB RN).

Em resposta a questionamentos da TRIBUNA DO NORTE, a distribuidora comentou que vários  fatores  influem  na  composição dos preços, como carga tributária, custos  fixos  e  variáveis  de  cada  posto, condições comerciais e lei da oferta e procura.
“A  entressafra  da  cana-de-açúcar e fatores climáticos adversos levaram ao aumento  expressivo  do  custo do etanol nas últimas semanas, impactando os preços praticados por todas as distribuidoras de combustíveis no País. Isso teve  efeito direto no álcool hidratado, mas também na gasolina, que recebe adição de álcool anidro na proporção de 25%.

Petrobras
Em nota encaminhada à imprensa na noite de ontem, a Petrobras reforçou que a última alteração no preço da gasolina em suas refinarias foi uma redução de 4,5%, em 9 de junho de 2009. “Desde aquela data a empresa não aplicou qualquer reajuste no preço da gasolina “A” que vende para as distribuidoras, sem adição de etanol”, observou a estatal. “A Petrobras esclarece, ainda, que não tem qualquer influência em relação à volatilidade do preço do etanol que vem ocorrendo”. Com ou sem reajuste por parte da estatal, o fato é que desde dezembro o litro da gasolina já subiu mais de 10% apenas em Natal. No final do ano, o valor máximo cobrado, segundo pesquisa do Procon Municipal, era R$ 2,699. Levantamento realizado na última quarta-feira revela, no entanto, a disparada de preços. Pelo menos 29 postos na capital estão cobrando R$ 2,99 por litro.

Fonte: Tribuna do Norte: 
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/petrobras-distribuidora-nega-culpa-sobre-alta-no-rn/177907

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cai diferença entre salários de São Paulo e resto do país

A diferença entre os salários de São Paulo e do resto do Brasil está diminuindo, e, em algumas regiões e setores, ela já desapareceu, informa reportagem de Mariana Schreiber, publicada na edição desta segunda-feira da Folha.
No Rio, a remuneração média aumentou mais e já superou em R$ 45 a de São Paulo.
Especialistas em mercado de trabalho e desenvolvimento regional apontam três causas principais para esse fenômeno --a transferência de renda por meio do Bolsa Família, o forte aumento do salário mínimo e os investimentos em infraestrutura. 


Fonte: Folha