A Petrobras Distribuidora negou ontem que tenha influenciado o aumento de preços dos combustíveis no Rio Grande do Norte, onde a gasolina comum e a aditivada já superam a marca de R$ 3 em alguns postos, registrando uma alta de mais de 6% em relação à semana passada. A Petrobras diz que a última alteração no preço da gasolina em suas refinarias foi uma redução de 4,5%. “Por lei, a companhia não tem ingerência sobre o preço final dos combustíveis nos postos com sua bandeira (a BR), que são operados por terceiros”, afirmou, em nota, garantindo que ainda assim irá prestar os devidos esclarecimentos às autoridades competentes.
A decisão de combater o movimento de alta no setor de combustíveis foi oficializada em reunião da qual participaram representantes dos Procons, do Ministério Público Estadual, da Câmara Municipal de Natal e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB RN).
Em resposta a questionamentos da TRIBUNA DO NORTE, a distribuidora comentou que vários fatores influem na composição dos preços, como carga tributária, custos fixos e variáveis de cada posto, condições comerciais e lei da oferta e procura.
“A entressafra da cana-de-açúcar e fatores climáticos adversos levaram ao aumento expressivo do custo do etanol nas últimas semanas, impactando os preços praticados por todas as distribuidoras de combustíveis no País. Isso teve efeito direto no álcool hidratado, mas também na gasolina, que recebe adição de álcool anidro na proporção de 25%.
Petrobras
Em nota encaminhada à imprensa na noite de ontem, a Petrobras reforçou que a última alteração no preço da gasolina em suas refinarias foi uma redução de 4,5%, em 9 de junho de 2009. “Desde aquela data a empresa não aplicou qualquer reajuste no preço da gasolina “A” que vende para as distribuidoras, sem adição de etanol”, observou a estatal. “A Petrobras esclarece, ainda, que não tem qualquer influência em relação à volatilidade do preço do etanol que vem ocorrendo”. Com ou sem reajuste por parte da estatal, o fato é que desde dezembro o litro da gasolina já subiu mais de 10% apenas em Natal. No final do ano, o valor máximo cobrado, segundo pesquisa do Procon Municipal, era R$ 2,699. Levantamento realizado na última quarta-feira revela, no entanto, a disparada de preços. Pelo menos 29 postos na capital estão cobrando R$ 2,99 por litro.
Fonte: Tribuna do Norte:
http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/petrobras-distribuidora-nega-culpa-sobre-alta-no-rn/177907
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